Teve gente me chamando de azeda.
Ok.
Assumo também minha tolerância zero com as atuais dondocas midiáticas.
O Rock in Rio colocou um ponto final na minha relação com o
pop.
Cá entre nós, essa relação já andava bem capenga desde que
Lady Gaga tentou ser a rainha do bairro.
Definitivamente não tenho saco pra aplaudir garotas que
pulam e desafinam sem a mínima noção do que vem
a ser uma estrela.
Primeiro foi Rihanna fazendo um show relâmpago.
E depois veio Katy Perry com seu sotaque engraçadinho, toda adocicada
nos trejeitos meio amalucados e sem ritmo.
E desafinou.
Muito.
O esforço dela em é nítido, eis um ponto a favor.
Pelo menos ela tem respeito pelo público que cativa.
Porque uma parcela realmente não parece estar nem aí.
Eu não sei o que dizer a essas gurias ainda cheirando a
leite.
É realmente compreensível que Madge siga sendo a rainha
suprema dessa corte musical.
Seus shows impecáveis tornaram-se uma epopeia de competência
e luxo.
Claro que não dá pra comparar uma veterana que beira à perfeição
com quem tem pouco tempo de estrada.
Chega a ser cruel.
Mas isso serve apenas pra pontuar minha extrema impaciência
em lidar com essa penca de estrelas fabricadas.
Há mais de 30 anos atrás surgia a Material Girl.
Muitos apostaram num retumbante fracasso.
Olha no que deu.
A rainha do pop foi se aperfeiçoando, fazendo de seus shows
verdadeiros palcos de dança, música e ferveção.
Estudou canto, melhorou o frágil vocal.
Lançou álbuns sensacionais e hoje se contenta em apadrinhar
a vulgar Nicki Minaj.
Se não tá fácil pra madge, imagina pra mim que sou uma reles
mortal?
Tá explicada a minha intolerância aos lixos despejados pela
FM do dia.
Nem Riri ou Perry.
O mundo agoniza ouvindo hits mornos.
Grace Jones assiste a tudo de camarote dançando
Libertango....
Oh luxo!!
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