Cláudia Pereira

Blogueira cinéfila



E num mundo plenamente ajustável.

As redes sociais seguem ditando regras.

Quem é frequentador assíduo sabe bem do que estou falando.

Vamos lá às regras do convívio no mundo fictício digital :

1.Pode elogiar.

2.Pode reclamar.

3.Pode posar com animais fofinhos.

4.Pode postar fotos de desastres naturais.

5. Pode postar fotos chocantes sanguinolentas.

6. Pode postar foto mostrando o corpo esbelto.

7. Pode postar foto de comida ou lanche ou qualquer coisa que seja apetitoso.

8.Pode compartilhar poemas, música, filmes, imagens de qualquer coisa que seja.

9.Pode postar críticas ao presidente, governador e prefeito.

10.Pode colocar citações de livros que vc nunca leu ou lerá.

11.Pode postar foto de todos os santos, com orações e correntes de fé.

12.Pode mandar indireta sem pensar no amanhã.

13.Pode postar declarações de amor pra quem vc ama.

14.Pode postar declarações de ódio pra quem vc odeia, ops, pra isso existem as indiretas tá?

15.Pode posar de calendário e informar o dia de hoje.

Pronto.

Sacou a controvérsia?

Existir e ser alguém no facebook é tarefa árdua.

Poucos são aqueles que conseguem fugir dos estereótipos impostos pela rede social.

Tem pessoas dos mais variados tipos de humor.

Tem a chata pessimista.

Tem a irônica reclamona (Eu!!!!!!).

Tem a divertida que conta piada e ri sozinha (Euuuuu!!!)

Tem o vaidoso que mostra o corpo.

Tem o invejoso que odeia o sucesso alheio.

Tem a anarquista que não fala coisa com coisa nenhuma.

Tem o político que fala sobre seus próprios feitos.

Tem o paquerador barato.

Tem a periguete barata.

Tem até cão e gato posando de seres humanos.

O facebook é realmente uma salada com todo tipo de tempero.

Raros são aqueles que conseguem evita-lo.

Desse eu realmente sinto uma pontinha de inveja.

Mas, tem milhões de outros que vivem em função de postar a rotina diária com um binóculo apontado pra lua.

Ainda não cheguei ao nível supremo do exibicionismo.

Mas um dia chego lá.

Porque postar é viver.

Postar é respirar.

Postar é ser ter uma identidade nessa selva de emaranhados de fios e clicks.

Quem não é visto, não é lembrado.

E viva o Facebook!!






Depois de dois longos meses, acabei “Novembro de 63”.

O livro de Stephen King foi comprado num momento de impulso.

A empolgação foi tanta que não levei em consideração os excessos de páginas.

Nada contra livros muito longos.

Mas nem todos são dignos da verborragia que escancaram.

Esse por exemplo, é um exagero que poderia ter sido evitado.

São setecentas e poucas páginas  de um vai e vem incessante que levam  o leitor à exaustão.

O início arrebatador engana quem anseia pela escrita rápida e cruel do famoso escritor.

Jake Epping é um professor divorciado que vive na cidade do Maine.

A vidinha dele é monótona, bem típica das cidades tranquilas americanas.

Tudo muda quando Al,  dono da lanchonete da cidade, mostra a Jake uma passagem oculta que permite fazer 
uma viagem ao tempo.

Al convence Jake a tentar impedir o assassinato de Kennedy.

Inicialmente relutante, Jake termina por aceitar a missão por querer modificar a vida de um dos seus alunos Harry Dunning.

Harry teve a família massacrada por um pai alcoólatra.

Vivendo uma vida humildade, o faxineiro serve de inspiração para que Jake consiga alterar a realidade atual.

A jornada inicial de Jake é repleta de tensão.

Ficamos envolvidos na trama e torcemos para que as alterações sejam efetuadas com sucesso.

O problema termina por ser a falta de Jake pra lidar com os fatos inusitados que surgem pelo caminho.

O destino teima em ser o inimigo mortal.

King consegue conduzir seu livro de forma magistral até a metade.

Depois disso, torna-se tudo muito confuso.

Vamos aos poucos perdendo o interesse na saga do professor solitário.

A falta de carisma do cara é um empecilho a mais.

Falta empatia.

Sobre um tédio que parece se confundir com a caminhada do opaco individuo.

Acredite, é preciso muita determinação para chegar até o final.

Até mesmo porque já fica óbvio que o resultado será catastrófico.

O que poderíamos esperar do cínico Stephen King?

Mesmo assim, eu confesso que fiquei muito desapontada.

Apesar do final previsível, esperava muito mais.

Sempre achei que desistir de um livro no meio dele é uma forma de fracasso.

Por isso, fui até o fim.

“Novembro de 63”  é um livro que se sairia bem melhor se ambientado no cinema ou tv.

Quem sabe apareça alguém interessado em cutucar o momento mais doloroso da história americana?

Seria interessante vê-lo transporto pra tela  grande.

Infelizmente, não caiu bem com  um livro tão longo.

Desnecessário e cansativo, “Novembro de 63” não faz jus a  fama do seu criador.




Depois de uma primeira temporada brilhante,  “Satisfaction”  chegou ao fundo do poço.

Sean Jablonsk dava a impressão de ter encontrado o calcanhar de aquiles ao discutir a crise conjugal .

Foi interessante observar o casamento falido do casal Truman.

O executivo Neil (Matt Passmore) é muito bem sucedido financeiramente.

Ele é capaz de proporcionar à esposa Grace (Stephanie Szostak) uma vida confortável.

A filha adolescente passa pela famosa crise de identidade, mas não chega a dar trabalho aos pais.

O problema é que Grace está insatisfeita e mantém um caso com um michê Simon (Blair Redford).

Neil descobre tudo da forma mais dolorosa possível, mas opta por manter em segredo a trágica revelação.

Obviamente que ele irá devolver a traição ao conhecer a sensual Adriana (Katherine LaNasa) que por sinal 
é cafetina.

Essa atitude causou uma reviravolta capaz de manter o espectador conectado com o drama dos personagens.

Infelizmente, lá pelo fim da primeira temporada, tudo é  revelado .

A série não soube lidar com a joia que tinha nas mãos e escolheu um caminho equivocado.

De uma hora pra outra Neil resolveu empreender uma jornada interior regada  a muito sexo  e Grace se 
perdeu em meio aos devaneios da solidão.

Dá pra acreditar que a mulher que resolveu se aquietar pra tentar digerir o fim do casamento?

Pode até ser compreensível tamanha reviravolta, pois o tal michê Simon é realmente muito chato .

Acredite, o cara se apaixonou pela “patroa” e até quis largar a rentável carreira.

E até mesmo Neil virou garoto de programa (????) com pretensões de entrar no ramo da cafetinagem. 

Resumindo, todo mundo parece ter perdido a própria identidade.

“Satisfaction”   rendeu uma audiência razoável e ganhou uma segunda chance.

Pena que tudo ficou somente na superfície.

A segunda temporada está sendo pavorosa!

Continuo sem entender o que Jablonsk pretende provar com os péssimos episódios que vem entregando.

A serie virou um tipo de porn soft sem nenhum tesão.

Não tem paixão, não tem sensualidade.

O elenco parece ter sentido o baque e está respondendo à altura.

Todos estão péssimos.

Chega a ser constrangedora a atuação de Stephanie Szostak e Blair Redford.

E até mesmo Katherine LaNasa responsável pelo papel mais carismático da série tem atuado no automático.

A vilã Adriana tornou-se uma caricatura de si mesma.

“Satisfaction”  naufraga rumo ao fracasso por pura incompetência.

Uma série machista, chata, monótona e sem nenhum atrativo sexual.

O sexo sempre vem repleto de culpa e recalques.

Não dá mais pra suportar as crises existenciais do casal enxaqueca.

Enfim, um bom potencial jogado no lixo.




Eu já disse que a forma de fazer novela deve ser refeita.

Não dar mais pra enfiar goela abaixo meses e meses de um lixo de roteiro.

O povo é burro.

Eu sei.

Mas, até o povo burro já se cansou da velha fórmula.

Mocinhos.

Bandidos.

Núcleo cômico.

Morte misteriosa.

Traições.

Mudança no par romântico central.
Vingança.

Ódio.

Amor.

Sexo.

Casamento.

The End.

Não muda nunca.

E quando muda é pra pior.

Nem a ideia de colocar câmeras ocultas fez alguma diferença.

A verdade é que ninguém suporta mais ter que lidar com as mesmas caras globais.

Principalmente quando todos são tão antipáticos e tratam o público com desprezo.

Acabou a magia.

A coisa de fã com o astro eternizava a ilusão de que valia a pena seguir capítulo a capítulo.

Ninguém mais tem tempo a perder seguindo diariamente uma novela.

Tem o facebook pra atualizar.

Tem o instagram pra postar.

Tem o zapzap pra papear.

Ver novela não está no patamar das obrigações das pessoas. Acabou. Essa mentalidade ainda não foi absorvida  pelos canais.

A Rede Globo continua perdida  num emaranhado de produções megalomaníacas.

E agora tem uma concorrente.

Tudo bem que a Record erra ao se empolgar com os números do ibope.

Perdeu uma ótima oportunidade de sacramentar sua ameaça a hegemonia da concorrente.

Mas, a batalha ainda promete muita luta pela frente.

Basta saber se o telespectador estará disposto a participar de tal  rixa.

Algo me diz que muitos estão se lixando pro  destino de Romero & Cia.


Nem Moisés tem poder pra manter a turma cristã ligada no canal.

Enquanto isso, a netflix deita e rola.

Falta competência e empreendedorismo.

O mistério está nas mãos de quem obtém o poder.

Falta um bom novelista pra elucidar  o jogo de xadrez. 






A moda dos programas culinários chegou ao país.

De repente, todo mundo virou um hiper chef em potencial.

Sabe aquele teu amigo que faz uma macarronada sensacional?

Pode ser um baita chef.

Saber pilotar um fogão virou tendência.

E pensar quehouve um tempo que um homem na cozinha era sinônimo de desastre.

Ok, isso foi há séculos e séculos  amém.

Atualmente, os homens não escondem mais seus talentos atrás do machismo ultrapassado.

É bonito um cara de avental e todo sujo de óleo.

E que isso sirva de aviso pra mulherada preguiçosa.

Larguem o comodismo e resgatem os conselhos da vovó.

Lembrem que um coração pode ser conquistado pelo estômago.

Brevemente, até uma pipoca gostosa será motivo de celebração.

E se vc faz o tipo que não sente fome e que adora comer sandubas.

Esqueça.

Corra agora pra pesquisar algum curso no SENAC.

É feio dizer que não gosta de cozinhar, que tudo o que come é gororoba feita às pressas.

Para com a marmota!

Vc vai ter coragem de ir contra a maré da moda???

Não basta só cozinhar.

Tem que postar nas redes sociais tb!

Claro, qual a graça de cozinhar somente por prazer e egoísmo?

Tem que mostrar pro universo que vc é um bom partido.

“Sou bonita, culta, boa de papo e boa  na cozinha”.

Eis um post bonito pra quem continua encalhado.

Enfim.

Graças a Deus que desde criança houve uma atração natural entre eu e o fogão.

Pena que não foram por motivos altruístas.

Foi por pura fome e gula mesmo.

Sempre gostei de comer bem.

Minha avó Dadá era mais gourmet que todos esses participantes do Masterchef.

Se vovó ainda fosse viva, seria concorrente da Palmirinha.

Dadá iria misturar receitas com fervorosas orações católicas.

Falando nela agora, lembrei-me que vovó cozinhava assistindo o Programa da Ofélia.

Yeah, sinto muito por vc que nasceu na década certa.

Eu cresci vendo a Ofélia inventando as receitas mais sensacionais do mundo.

Tudo feito com uma câmera na mão e uma panela limpinha limpinha.

Eu juro que quase era possível sentir o cheiro do tempero.

A Ofélia morreu e no lugar dela surgiram tantos outros.

Fiquei triste quando soube, pois Ofélia tinha cara de tia.

Aquela tua tia sorridente, cheirando a colônia Contouré e azeite.

Essa mesma.

E adorável feito um bombom de hortelã.

Ai que saudade da minha avó.

Ai que saudade da Ofélia.

Ai que saudade de ver gente menos articulada na tv.

Olho para os participantes e não vejo alma.

D U V I D O que tudo seja do jeitinho que nos mostram.

Aposto que o arroz queima.

Aposto que o feijão desanda.

Ninguém irá me convencer de que uma parte não  é editado pra ficar bem perfeito.

Impossível cozinhar com tanta maestria sem sujar a roupa, sem amassar o cabelo.

Dá licença que tudo é tão surreal que fica até difícil torcer por algum deles.

Sem falar na comida com cara de restaurante caro a beça.

Comida boa mesmo é um bom prato de feijão com arroz e ovo frito.

Se vc souber fazer isso já é considerado um Deus por mim.

Guarde seu livrinho de receita no bolso.

Comigo não funciona.

Quero ser surpreendida com o famoso cheiro de comida caseira.

Gourmet pra mim é nome de marca de eletrodoméstico.

Agora, licença que vou ali sentir o aroma da comida da vizinha.

Não tem glamour, mas tem cheiro bom.

Pra quê pedir mais??




Algumas séries retornaram  das férias  trazendo um leve sopro de novidades. O Cultura Míope apresenta agora uma rápida análise do que ainda vale a pena seguir. Vamos lá....


“The Affair”

“ The Affair”  agora aposta no  lado da história vivido por outros personagens.

Os roteiristas  tiraram o casal central do foco e deram a oportunidade de  Helen (Maura Tierney) e Cole (Joshua Jackson) de serem mais que meros coadjuvantes.

Atitude que vem comprovar que a série merece mesmo o grande borburinho que causou.

Maura Tierney e Joshua Jackson ofuscaram completamente o já saturado casal traíra da trama.

Interpretações de fazer babar qualquer cinéfilo que se preze.



“The Leftovers”



A série mais doidaça do ano passado voltou surpreendendo.

Eu já havia decretado minha desistência, mas fui  obrigada a reconhecer que os produtores resolveram chacoalhar tudo com uma pitada ainda maior de drama.

Resumindo, mudei de ideia  rapidinho.  

A mudança de cidade, o surgimento de velhos fantasmas, o recomeço em busca da salvação e liberdade, tudo
isso tornou  os personagens  bastante  humanos.

O bizarro foi substituído pela dor de superação que todos parecem buscar.

Justin Theroux ressurge ainda mais sensacional, dando ao seu personagem um tipo de loucura que parece fugir do controle.

Dois episódios marcam o início de uma segunda temporada que promete  eliminar  a injusta fama que a série adquiriu.



Homeland”



Há anos estou acompanhando a saga da incansável Carrie Mathison.

Talvez isso explique um pouco o meu cansaço em relação a série.

Sinto-me exausta de tanto confronto,sangue, jogadas governamentais e outras mazelas.

Carrie retorna agora morando na Alemanha, tomando conta da filha hiper fofa, namorando um cara legal e tal.

Obviamente que a moça irá se envolver novamente com a turma barra pesada da CIA.

O problema é que a saída dada pelos roteiristas não convence, não empolga.

Falta um pouco mais de alma.

Pela primeira vez em anos, sinto-me desmotivada.

Talvez seja o momento de parar por aqui.

Que tal aceitarem o fato de ninguém mais sente  tesão pelas idas e vindas de Carrie?

E o chatíssimo Quinn tb já deu.

Game over!


“Madam Secretary”





Foi uma surpresa e tanto pra CBS.

Quem imaginaria que a série teria bons índices de audiência e ainda teria arrebatado elogios à atriz principal?

Fiquei muito impressionada com o talento demonstrado por Téa Leoni.

Nunca imaginei que ela seria capaz de apresentar algo tão diferente.

Téa nasceu pra ser Elizabeth McCord!

Aliás, todo o elenco responde à altura com extrema afinidade.

“Madam Secretary”  retorna dando um primeiro episódio que nos deixa  sem fôlego.

Como assim, Elizabeth virando presidente por um dia?????

WTF???????????

A diva não perdeu a oportunidade de sambar na cara do irritante  Russel Jackson!!

Já estou toda animada pra conferir o que os produtores irão aprontar.

McCord me representa!!



“Empire”



A série sensação do  momento tem um retorno  mais que satisfatório.

A ótima audiência não deixa duvidas de que outras temporadas virão.

A família Lyon continua  tendo que lidar com a luta pelo poder que aflige a todos.

O todo poderoso Lucious (Terrence Howard) vê-se cercado por todos os lados.

Cookie Lyon (Taraji P. Henson) continua determinada a retomar o que é seu por direito.

Claro que a mulher não enxerga que uma parte do sucesso do selo Empire deve-se ao tino comercial e talento do ex-marido.

Cookie conseguiu dividir o clã ao meio e abriu concorrência.

Jamal (Jussie Smollett) uniu-se ao pai .

Hakeem (Bryshere Gray) ficou com a mãe.

E Andre (Trai Byers) recusa-se a aceitar que não é aceito pelo próprio pai.

Rejeita Cookie em prol de uma companhia que agora lhe vira as costas.

Todo essa penca de personagens consegue sobreviver aos exageros criados por Lee Daniels.

“Empire” tem pinta de novela mexicana repleta de hip hop e violência.

O carisma do elenco é tanto que a gente nem liga  pro egocentrismo presente em todos os personagens.

Eu torço por Cookie.

Eu torço por Lucious.

Não consigo resolver esse amor bandido que nutro pelos dois inimigos.

A série volta com mais intrigas e músicas que ficam na cabeça.

Um tiro certeiro na concorrência.

“Empire” é a série maldita malditona que todo mundo queria ter escrito.

Sensacional demais pra não ser vista!

Corre lá.



“How to get away with murder”




Pra mim, a melhor série em exibição.

Ninguém consegue ficar imune  as reviravoltas orquestradas pelo criador Peter Nowark.

Tudo isso produzido pelas mãos da poderosa Shonda Rhimes.

Curiosamente, muita gente acredita que a série tenha sido criada por ela.

Estranho?

Não pra quem conhece o toque de Midas da famosa produtora.

“HTGAWM”  conseguiu inovar um gênero que andava pra lá de saturado.

Sabe aqueles dramas de tribunais em que o culpado sempre sofre as consequências no final?

Esqueça.

Temos a brilhante advogada Annalise Keating dando uma aula de como livrar seu cliente de pagar por algo que cometeu ou não.

Ao mesmo tempo que defende prováveis culpados no tribunal, Annalise administra aula numa famosa faculdade e tenta ensinar a seus alunos tudo aquilo em que acredita.

Infelizmente, ela se vê envolvida numa trama sangrenta que envolve seus pupilos e termina por tornar-se cúmplice  de um assassinato brutal.

A primeira temporada parecia ter dado um fim ao sofrimento dos alunos.

Mas eis que tudo retorna ainda bem mais trágico na sequência dos fatos.

O primeiro episódio colocou uma bomba no colo dos fãs e plantou a semente da dúvida.

Será o fim de Annalise????

“HTGAWM” exige muita atenção de quem a assiste.

Se vc é um desses que não consegue largar o celular, aconselho distância.

Vá cuidar da sua rede social

“HTGAWM” merece cada minuto da sua atenção.

Livre-se do que não vale a pena, e venha desfrutar das artimanhas criadas pela nefasta Annalise Keating.



“Faking it”





A série criada pela MTV alcançou certa notoriedade por lidar com os dramas adolescentes vividos por suas personagens.

A primeira temporada foi realmente deliciosa.

11 episódios enxutos e divertidos que fizeram de “Faking it” um sucesso.

Infelizmente, os produtores sedentos de grana, resolveram prolongar a segunda temporada para dezenas de episódios que terminaram ofuscando a leveza da série.

A amizade que pode ou não virar amor entre Amy e Karma perdeu o fôlego.

Aliás, as garotas parecem mais interessadas  em vivenciar uma fase mais sexual do que manter a velha chama da amizade acesa.

Amy virou uma dependente emocional que namora uma dj fofa apenas pra provar a si mesma que é capaz.

E Karma segue dando banho de egocentrismo, imaturidade e tolice.

Nem o namoradinho é poupado das insanidades impostas pela guria.

Conseguiram tornar o personagem mais fofo um cara que beira o ridículo.

Shane (Michael Willet) deixou de ser engraçado.

Simples assim.

“Faking it”  pagou caro pela ambição desmedida do próprio canal.

Poderiam ter aguardado um pouco mais pra apresentar um roteiro digno com o excelente início.

Fui derrotada.

Já desisti e não sinto-me obrigada a seguir mais nada.

Desejo a “Faking it”  uma morta lenta.

Tchau!


"The Walking Dead"




TWD nos presenteia com uma estreia alucinante.

O melhor episódio de toda a série até agora.

Não tem tempo pra conversa fiada.

Os primeiros minutos são de enlouquecer qualquer fã.

Os produtores optaram por fazer com que os flashbacks fossem em P&B.

O momento atual adquire cores fortes e muito barulho.

Tudo orquestrado por Rick Grimes (Andrew Lincoln) e sua turma de amigos fiéis. 

TWD é realmente viciante.

Sou obrigada a reconhecer que ela nos mantém refém de toda a parafernália zumbi nation.

Enfim, uma aula de como deve-se manter os fios presos num só lugar.

Angustiante!! 



"Fargo"





Noah Hawley traz de volta seus personagens disfuncionais e esquisitões que vivem sob a neve de uma cidade do interior.

Após o enorme sucesso de crítica alcançado na temporada anterior, Hawley volta a cutucar a hipocrisia e o conservadorismo presente na pacata sociedade americana.

A segunda temporada é ambientada no final dos anos 70 e mostra a vida do policial (Patrick Wilson) ao lado da esposa doente e da filha Molly Solverson que foi brilhantemente interpretada por Alisson Toleman na primeira temporada.

Molly aqui ainda é uma garotinha, ou seja, a série passeia pela vida do seu pai que irá investigar um caso escabroso de assassinato triplo.

Um dublê de mafioso será o responsável pela matança acidental e acabará sendo atropelado pela loura tonta (Kirsten Dunst).

Ela conta ao marido o incidente e ambos decidem ocultar o cadáver num freezer pra ninguém descobrir.

Resolvem fingir que nada aconteceu.

Notem que a mesma atitude meio que permeou toda a primeira temporada.

Fargo parece realmente cutucar o hábito de que algumas pessoas têm de encobrir os piores segredos.

O primeiro episódio começa morno e termina por mostrar a sua face da violência lá pela metade.

É nesse momento que fui fisgada.

O novo elenco é repleto de estrelas.

Patrick Wilson, Kirsten Dunst, Ted Danson e Jean Smart.

"Fargo" segue tendo um toque cult.

Uma série sofisticada que tem a ousadia de inovar.

Grande registro feito pra tv, mas com pinta de tela grande.