Cláudia Pereira

Blogueira cinéfila

Stephen King tenta evitar tragédia americana em “Novembro de 63”

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Depois de dois longos meses, acabei “Novembro de 63”.

O livro de Stephen King foi comprado num momento de impulso.

A empolgação foi tanta que não levei em consideração os excessos de páginas.

Nada contra livros muito longos.

Mas nem todos são dignos da verborragia que escancaram.

Esse por exemplo, é um exagero que poderia ter sido evitado.

São setecentas e poucas páginas  de um vai e vem incessante que levam  o leitor à exaustão.

O início arrebatador engana quem anseia pela escrita rápida e cruel do famoso escritor.

Jake Epping é um professor divorciado que vive na cidade do Maine.

A vidinha dele é monótona, bem típica das cidades tranquilas americanas.

Tudo muda quando Al,  dono da lanchonete da cidade, mostra a Jake uma passagem oculta que permite fazer 
uma viagem ao tempo.

Al convence Jake a tentar impedir o assassinato de Kennedy.

Inicialmente relutante, Jake termina por aceitar a missão por querer modificar a vida de um dos seus alunos Harry Dunning.

Harry teve a família massacrada por um pai alcoólatra.

Vivendo uma vida humildade, o faxineiro serve de inspiração para que Jake consiga alterar a realidade atual.

A jornada inicial de Jake é repleta de tensão.

Ficamos envolvidos na trama e torcemos para que as alterações sejam efetuadas com sucesso.

O problema termina por ser a falta de Jake pra lidar com os fatos inusitados que surgem pelo caminho.

O destino teima em ser o inimigo mortal.

King consegue conduzir seu livro de forma magistral até a metade.

Depois disso, torna-se tudo muito confuso.

Vamos aos poucos perdendo o interesse na saga do professor solitário.

A falta de carisma do cara é um empecilho a mais.

Falta empatia.

Sobre um tédio que parece se confundir com a caminhada do opaco individuo.

Acredite, é preciso muita determinação para chegar até o final.

Até mesmo porque já fica óbvio que o resultado será catastrófico.

O que poderíamos esperar do cínico Stephen King?

Mesmo assim, eu confesso que fiquei muito desapontada.

Apesar do final previsível, esperava muito mais.

Sempre achei que desistir de um livro no meio dele é uma forma de fracasso.

Por isso, fui até o fim.

“Novembro de 63”  é um livro que se sairia bem melhor se ambientado no cinema ou tv.

Quem sabe apareça alguém interessado em cutucar o momento mais doloroso da história americana?

Seria interessante vê-lo transporto pra tela  grande.

Infelizmente, não caiu bem com  um livro tão longo.

Desnecessário e cansativo, “Novembro de 63” não faz jus a  fama do seu criador.

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