Cláudia Pereira

Blogueira cinéfila

Cultura Míope analisa as estreias do mês de outubro no mundo das séries.

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Algumas séries retornaram  das férias  trazendo um leve sopro de novidades. O Cultura Míope apresenta agora uma rápida análise do que ainda vale a pena seguir. Vamos lá....


“The Affair”

“ The Affair”  agora aposta no  lado da história vivido por outros personagens.

Os roteiristas  tiraram o casal central do foco e deram a oportunidade de  Helen (Maura Tierney) e Cole (Joshua Jackson) de serem mais que meros coadjuvantes.

Atitude que vem comprovar que a série merece mesmo o grande borburinho que causou.

Maura Tierney e Joshua Jackson ofuscaram completamente o já saturado casal traíra da trama.

Interpretações de fazer babar qualquer cinéfilo que se preze.



“The Leftovers”



A série mais doidaça do ano passado voltou surpreendendo.

Eu já havia decretado minha desistência, mas fui  obrigada a reconhecer que os produtores resolveram chacoalhar tudo com uma pitada ainda maior de drama.

Resumindo, mudei de ideia  rapidinho.  

A mudança de cidade, o surgimento de velhos fantasmas, o recomeço em busca da salvação e liberdade, tudo
isso tornou  os personagens  bastante  humanos.

O bizarro foi substituído pela dor de superação que todos parecem buscar.

Justin Theroux ressurge ainda mais sensacional, dando ao seu personagem um tipo de loucura que parece fugir do controle.

Dois episódios marcam o início de uma segunda temporada que promete  eliminar  a injusta fama que a série adquiriu.



Homeland”



Há anos estou acompanhando a saga da incansável Carrie Mathison.

Talvez isso explique um pouco o meu cansaço em relação a série.

Sinto-me exausta de tanto confronto,sangue, jogadas governamentais e outras mazelas.

Carrie retorna agora morando na Alemanha, tomando conta da filha hiper fofa, namorando um cara legal e tal.

Obviamente que a moça irá se envolver novamente com a turma barra pesada da CIA.

O problema é que a saída dada pelos roteiristas não convence, não empolga.

Falta um pouco mais de alma.

Pela primeira vez em anos, sinto-me desmotivada.

Talvez seja o momento de parar por aqui.

Que tal aceitarem o fato de ninguém mais sente  tesão pelas idas e vindas de Carrie?

E o chatíssimo Quinn tb já deu.

Game over!


“Madam Secretary”





Foi uma surpresa e tanto pra CBS.

Quem imaginaria que a série teria bons índices de audiência e ainda teria arrebatado elogios à atriz principal?

Fiquei muito impressionada com o talento demonstrado por Téa Leoni.

Nunca imaginei que ela seria capaz de apresentar algo tão diferente.

Téa nasceu pra ser Elizabeth McCord!

Aliás, todo o elenco responde à altura com extrema afinidade.

“Madam Secretary”  retorna dando um primeiro episódio que nos deixa  sem fôlego.

Como assim, Elizabeth virando presidente por um dia?????

WTF???????????

A diva não perdeu a oportunidade de sambar na cara do irritante  Russel Jackson!!

Já estou toda animada pra conferir o que os produtores irão aprontar.

McCord me representa!!



“Empire”



A série sensação do  momento tem um retorno  mais que satisfatório.

A ótima audiência não deixa duvidas de que outras temporadas virão.

A família Lyon continua  tendo que lidar com a luta pelo poder que aflige a todos.

O todo poderoso Lucious (Terrence Howard) vê-se cercado por todos os lados.

Cookie Lyon (Taraji P. Henson) continua determinada a retomar o que é seu por direito.

Claro que a mulher não enxerga que uma parte do sucesso do selo Empire deve-se ao tino comercial e talento do ex-marido.

Cookie conseguiu dividir o clã ao meio e abriu concorrência.

Jamal (Jussie Smollett) uniu-se ao pai .

Hakeem (Bryshere Gray) ficou com a mãe.

E Andre (Trai Byers) recusa-se a aceitar que não é aceito pelo próprio pai.

Rejeita Cookie em prol de uma companhia que agora lhe vira as costas.

Todo essa penca de personagens consegue sobreviver aos exageros criados por Lee Daniels.

“Empire” tem pinta de novela mexicana repleta de hip hop e violência.

O carisma do elenco é tanto que a gente nem liga  pro egocentrismo presente em todos os personagens.

Eu torço por Cookie.

Eu torço por Lucious.

Não consigo resolver esse amor bandido que nutro pelos dois inimigos.

A série volta com mais intrigas e músicas que ficam na cabeça.

Um tiro certeiro na concorrência.

“Empire” é a série maldita malditona que todo mundo queria ter escrito.

Sensacional demais pra não ser vista!

Corre lá.



“How to get away with murder”




Pra mim, a melhor série em exibição.

Ninguém consegue ficar imune  as reviravoltas orquestradas pelo criador Peter Nowark.

Tudo isso produzido pelas mãos da poderosa Shonda Rhimes.

Curiosamente, muita gente acredita que a série tenha sido criada por ela.

Estranho?

Não pra quem conhece o toque de Midas da famosa produtora.

“HTGAWM”  conseguiu inovar um gênero que andava pra lá de saturado.

Sabe aqueles dramas de tribunais em que o culpado sempre sofre as consequências no final?

Esqueça.

Temos a brilhante advogada Annalise Keating dando uma aula de como livrar seu cliente de pagar por algo que cometeu ou não.

Ao mesmo tempo que defende prováveis culpados no tribunal, Annalise administra aula numa famosa faculdade e tenta ensinar a seus alunos tudo aquilo em que acredita.

Infelizmente, ela se vê envolvida numa trama sangrenta que envolve seus pupilos e termina por tornar-se cúmplice  de um assassinato brutal.

A primeira temporada parecia ter dado um fim ao sofrimento dos alunos.

Mas eis que tudo retorna ainda bem mais trágico na sequência dos fatos.

O primeiro episódio colocou uma bomba no colo dos fãs e plantou a semente da dúvida.

Será o fim de Annalise????

“HTGAWM” exige muita atenção de quem a assiste.

Se vc é um desses que não consegue largar o celular, aconselho distância.

Vá cuidar da sua rede social

“HTGAWM” merece cada minuto da sua atenção.

Livre-se do que não vale a pena, e venha desfrutar das artimanhas criadas pela nefasta Annalise Keating.



“Faking it”





A série criada pela MTV alcançou certa notoriedade por lidar com os dramas adolescentes vividos por suas personagens.

A primeira temporada foi realmente deliciosa.

11 episódios enxutos e divertidos que fizeram de “Faking it” um sucesso.

Infelizmente, os produtores sedentos de grana, resolveram prolongar a segunda temporada para dezenas de episódios que terminaram ofuscando a leveza da série.

A amizade que pode ou não virar amor entre Amy e Karma perdeu o fôlego.

Aliás, as garotas parecem mais interessadas  em vivenciar uma fase mais sexual do que manter a velha chama da amizade acesa.

Amy virou uma dependente emocional que namora uma dj fofa apenas pra provar a si mesma que é capaz.

E Karma segue dando banho de egocentrismo, imaturidade e tolice.

Nem o namoradinho é poupado das insanidades impostas pela guria.

Conseguiram tornar o personagem mais fofo um cara que beira o ridículo.

Shane (Michael Willet) deixou de ser engraçado.

Simples assim.

“Faking it”  pagou caro pela ambição desmedida do próprio canal.

Poderiam ter aguardado um pouco mais pra apresentar um roteiro digno com o excelente início.

Fui derrotada.

Já desisti e não sinto-me obrigada a seguir mais nada.

Desejo a “Faking it”  uma morta lenta.

Tchau!


"The Walking Dead"




TWD nos presenteia com uma estreia alucinante.

O melhor episódio de toda a série até agora.

Não tem tempo pra conversa fiada.

Os primeiros minutos são de enlouquecer qualquer fã.

Os produtores optaram por fazer com que os flashbacks fossem em P&B.

O momento atual adquire cores fortes e muito barulho.

Tudo orquestrado por Rick Grimes (Andrew Lincoln) e sua turma de amigos fiéis. 

TWD é realmente viciante.

Sou obrigada a reconhecer que ela nos mantém refém de toda a parafernália zumbi nation.

Enfim, uma aula de como deve-se manter os fios presos num só lugar.

Angustiante!! 



"Fargo"





Noah Hawley traz de volta seus personagens disfuncionais e esquisitões que vivem sob a neve de uma cidade do interior.

Após o enorme sucesso de crítica alcançado na temporada anterior, Hawley volta a cutucar a hipocrisia e o conservadorismo presente na pacata sociedade americana.

A segunda temporada é ambientada no final dos anos 70 e mostra a vida do policial (Patrick Wilson) ao lado da esposa doente e da filha Molly Solverson que foi brilhantemente interpretada por Alisson Toleman na primeira temporada.

Molly aqui ainda é uma garotinha, ou seja, a série passeia pela vida do seu pai que irá investigar um caso escabroso de assassinato triplo.

Um dublê de mafioso será o responsável pela matança acidental e acabará sendo atropelado pela loura tonta (Kirsten Dunst).

Ela conta ao marido o incidente e ambos decidem ocultar o cadáver num freezer pra ninguém descobrir.

Resolvem fingir que nada aconteceu.

Notem que a mesma atitude meio que permeou toda a primeira temporada.

Fargo parece realmente cutucar o hábito de que algumas pessoas têm de encobrir os piores segredos.

O primeiro episódio começa morno e termina por mostrar a sua face da violência lá pela metade.

É nesse momento que fui fisgada.

O novo elenco é repleto de estrelas.

Patrick Wilson, Kirsten Dunst, Ted Danson e Jean Smart.

"Fargo" segue tendo um toque cult.

Uma série sofisticada que tem a ousadia de inovar.

Grande registro feito pra tv, mas com pinta de tela grande.




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