Cláudia Pereira

Blogueira cinéfila

A dor do amor que nunca se realiza em Je L'Aimais

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Descobri Je L'Aimais no Cinemax.

Obviamente que chorei muito.

Não escondo minha propensão ao romantismo.

Je L'Aimais retrata aquele tipo de amor impossível, amargurado, que tem um fim quase trágico.

Aqui, somos  cúmplices da fracassada vida amorosa do sogro de uma mulher recentemente abandonada pelo marido.

Pierre (Daniel Auteuil) resolve confessar à nora o segredo de uma aventura amorosa que terminou sendo o grande amor de sua vida, e como o medo e a covardia causaram  danos à graciosa Mathilde   (Marie-Josée Croze).

O amor impossível entre um homem casado e uma jovem deliciosamente imprevisível  arde  em celulóide.

Jamais esquecerei a sensação do soco no estômago ao me deparar com os olhos expressivos de Marie-Josée Croze.

É compreensível a paixão avassaladora a que sucumbe o pobre Pierre.

Chloe tem a chama da paixão em seus gestos.

A audácia da conquista, o desejo incontrolável dos amantes, a realidade brutal destruindo sonhos....

Um filme pra se assistir com uma caixa de lenços e de preferência sozinha.

A diretora Zabou Breitman fez do seu filme uma declaração ao amor imperfeito.

Desses que nasceram pra morrer de dor.

Capazes de colocar um ponto final numa felicidade fictícia.

As desventuras amorosas de Pierre refletem as escolhas afetivas tomadas por ele pra preservar aquilo que não tem mais jeito.

Um casamento de fachada.

Uma vida sem afeto.

E a perda de quem  que lhe causou tanta alegria.

O amor também pode ser doloroso e cruel.


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